segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

«Jesus Cristo: estrela presente/ausente»

 
Pedro José Correia |  Justiça e Paz – Aveiro




Lc 2, 10-11: «… porque vos anuncio uma grande alegria [Boa Notícia] para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo [Messias] Senhor».
Jo 1, 11-12: «… Veio para o que era seu, e os seus não O receberam.
Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus».
I. Reflexão
Jesus Cristo… Na grande Insatisfação Espiritual “corresponde” a Pequenez dos sinais que apontam a Corporalidade do Messias (cuidado os “falsos messias” usam as mesmas “armas”…). Num paralelo distante, quase sempre, as “Letras Maiúsculas” e o vício paralelo de “passar-entre-os-pingos-da-chuva-abençoada”: como negar as nossas raízes profundas na História Divina: foi/é por Sua Iniciativa Amorosa.
Jesus Cristo… A fragilidade disfarçada e patente…; o pecado inconsciente e repudiado…; o desalento e a desventura… ainda, assim, “fazemos” dispensável a REDENÇÃO? Que utilidade para as nossas acções inúteis? É preciso (a tal utilidade inútil!?) reaprender a “desligar” e a “desligarmo-nos de”. O Verbo “poderoso” do “Logos”: ligar/desligar. «Além de ser decadente, eu sou também o contrário» (Nietzsche).
Jesus Cristo… Na Incerteza do “nosso” compromisso “aparece-nos” a Certeza do Seu Dom: a Fraternidade. A urgência de não termos escravidões, mesmos algumas servidões. Onde está a humanidade do Filho, estará a humanidade dos irmãos (óbvio que ultrapassa a “genética cultural do sangue”). «(…)desata-me, nó de luz,/e ata-me depressa enquanto eles não sabem,/abraça-me,/abarca-me,/abrasa-me,/mal com a terra por amor dos caminhos marítimos, (…)» (Herberto Helder).
Jesus Cristo… O «Bem» feito de Bondade, Ternura e Justiça. Uma ementa assim torna-se difícil digerir. Nem bacalhau…, nem o melhor peixe…, nem a melhor carne…, na melhor mesa: em restaurante de luxo! Os nossos sonhos são alimentados “frangamente” (…frangos criados em aviários, ao ar domesticado!?) num quotidiano cheio de dispensas. Sou/serei capaz de escolher a ementa libertadora?
Jesus Cristo… “Vem Jesus, Filho de Deus, / fazer-nos pessoas em relação. / Que mergulhados na Tua contemplação / Sejamos no amor, discípulos teus.” (João Santos). Apenas com/na Simplicidade, desarmada, da vivência comunitária: as surpresas ordinárias tornam-se essenciais porque prioritárias. A humanidade de Jesus como divindade e amor: sim um modo (cru e terno) de estar no mundo. Diferença, às vezes, impositiva; nunca, putativa; sempre, indicativa.
II. Oração
“– Ao ouvirmos a proclamação do Evangelho: Deus fala-nos por «Jesus Cristo». Sabemos que és o Centro da nossa estrela: da nossa Vida. Que nossa adoração possa exprimir a Fidelidade à Tua Palavra: meditada, rezada e anunciada aos irmãos, em humanidade. Que o Evangelho do Teu Nascimento, fortaleça a nossa Dignidade comum, para sermos cada vez mais família e irmãos de todos”.











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