domingo, 26 de abril de 2015

Sobre o pastor “exlex”, fora-da-lei, diríamos nós?

 

Pedro José | Justiça e Paz – Aveiro

 

Meditação: Evangelho de João 10, 11-18 (especialmente, vv. 19-21).

Sobre o modo de combater o mal encoberto e a irresponsabilidade do fácil: o «bom» pastor teimosamente propõe a prevenção do que falta; não sou capaz de o fazer agora?

Sobre a riqueza inútil e o desperdício evitável: o «bom» pastor desinteressadamente incentiva a partilha de recursos, a salvaguarda da memória e a qualidade de vida; não posso funcionar doutro modo?

Sobre a doença do espírito e as dores do corpo: o «bom» pastor diariamente não pode fugir, renova empréstimos sem prazo e dando a sua vida em cada gesto mínimo, oferece-se; deixa que faça isso na tua vez?

Sobre o medo, a inexperiência, a deslealdade e a vaidade: perante as nossas medidas - o «bom» mercenário sabe reagir melhor que o «mau» pastor - o «bom» pastor pacientemente acredita no milagre da pessoa humana; podemos subsistir sem o perdão?

Sobre a liberdade para, a caridade diligente e amizade silenciosa: o «bom» pastor não sabe dizer as respostas…, as soluções… ou dar colo…; cada caso e cada circunstância, oportunamente, caminhando atrás de…, ao lado de…, ou na frente de…, pelos atalhos errados, longos e cansativos; não fecundam as metas inesperadas?

Sobre os jogos de poder e as intrigas da inveja: o «bom» pastor involuntariamente sem ser ingénuo, serve a todos, alerta com inteligência e baixa-se para não sofrer de vertigens; não nascemos para a idolatria mas para aprender a servir?

Sobre o modo de cuidar da fome e da sede: o «bom» pastor serenamente olha para as coisas que não existem e pergunta porque não semear prioridades e não resultados?

Sobre a distância cada vez mais perto do céu: o «bom» pastor convida, e insiste sem violência, sai da sua pastagem à espera de quem queira tomar o rumo da sua vida e apreciar a beleza justa da criação - o pastor ri de si e acredita que Deus sabe de si -; como cuidar das verdadeiras necessidades?

Palavras semelhantes e mais importantes que estas palavras provocam nova divisão entre as pessoas de ação e reflexão. Muitas dizem: está excêntrico, deprimido e louco. Porque ainda tem audiência e aplausos? Outros dizem: essas palavras não são de um enlouquecido; pode um excêntrico abrir os olhos aos cegos?

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