Pedro José Correia | Justiça e Paz – Aveiro
I. Reflexão
Disposição 1. – Moisés fala-nos no dever da escuta da Palavra (Dabar) - no longe da história universal, onde temos nossas raízes – tempo de Profetas. Deus inspira a delegação da profecia, através da autoridade de Moisés (não tinha apenas o poder de). Delegar é uma arte e uma estratégia. Mas a Profecia do Deus da Vida: faz-se o profeta que serve! Na Profecia feita, contrariamente, ao Deus da Vida: tal profeta morrerá (pois serviu-se, apenas, a si mesmo). As profecias da esperança: precisam-se. Os profetas da escuta: recomendam-se.
Disposição 2. – S. Paulo não nos quer preocupados. Preocupar é ocupar pre. É ocupar-me antes de ocupar; o que é uma falta de discernimento; uma aselhice. Se me ocupo antes de me ocupar, quando for realmente ocupar-me, estarei duas vezes ocupado. Por isso, temos de separar e investir no “que mais convém”; aí evitamos neuroses, nervosismos, depressões, esgotamentos, feridas. Unidos interiormente em Deus, os desvios da vida não serão a perdição.
Disposição 3. – Jesus que entra na sinagoga. Vai lá, não é sinagoga que vai a Ele. Temos que sair de onde estamos e dirigimo-nos a outro lugar. Deixar de ser o centro. O Jesus que ensina doutrina não com Poder, mas com Autoridade. Avançamos, caminhamos, crescemos. Eis o segredo da cura e da libertação pela Palavra de Jesus, sendo a Palavra-Ele-Mesmo (Logos). “Sim, não nos é permitido adormecer ou entorpecer, de modo a ficarmos inactivos, infecundos, insensíveis, tipo «tanto faz!»” (António Couto).
Disposição 4. – Estarão os profetas em saldo? No ordinário da vida pública, mediática e global, tal como os cogumelos (!?) há profetas benignos e malignos. Sem doutrina e sem novidade, porque sem autoridade. Há sabedoria que é veneno. E veneno que se torna sabedoria. Infelizmente, só posso “apontar” do pouco que ainda li e recordo. Três exemplos, entre muitos. Um profeta, o padre: Pedro Arrupe, S.J. (1907-1991); uma profetiza, a irmã: Madre Teresa (1910-1997); e um leigo, o pensador e mestre: Jean Guitton (1901-1999).
II. Oração
"Nós te damos Graças, Jesus,
Pois tu nos chamas para estarmos contigo,
na alegria missionária e na intimidade itinerante.
Contigo despertamos a cada dia,
pedindo que abras nossos lábios para proclamar teu louvor.
Por ti dedicamos o trabalho cotidiano,
desde fazer o simples café da manhã
até as importantes tarefas a realizar.
Mantém nosso coração alegre e vibrante.
Queremos sair na frente, aprimeirar.
Dá-nos ousadia, desprendimento e coragem.
Para nos envolvermos com as pessoas e os processos,
Acompanhar, frutificar e festejar.
Com a alegria da tua presença
A leveza da tua companhia
A força redentora da tua morte
A energia renovadora da tua ressurreição
Seguiremos o caminho luminoso do Reino.
Amém!”.
FONTE: A oração retirada: http://www.afonsomurad.blogspot.pt/, acesso: 01-02-2015.
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