domingo, 25 de janeiro de 2015

«Conversão: crónica inadiável»

 

Pedro José L. Correia  |  Justiça e Paz – Aveiro


I. Reflexão

Disposição 1. – “Jonas representa o judaísmo fechado, que pensa que se salvará, fechando-se sobre si mesmo. Esta tentação também afeta a Igreja, e também a nós, de tempos a tempos” (António Couto). No texto de hoje do pequeno e saboroso (no humor e na imaginação) livro de Jonas: levanta(-se) e desce(-se) sobre a questão de uma «Fé» fechada para “perfeitos e eleitos”. Jonas desprogramou-se à custa da experiência de bater com a “cabeça na parede”. Não chega apenas ter um “coração bom” […se não houver capacidade para mais isso é suficiente: não haja a menor dúvida…]. Somos crentes “conforme a palavra do Senhor” (certa psicanálise ajuda-nos a não asfixiarmos no “mar profundo” fugindo de Deus). Precisamos d’ água fria do dia do nosso Baptismo! Porque Jonas reaprendeu a orar erguendo os olhos para ao Céu: «Je suis, Jonas»(!?).

Disposição 2. – S.Paulo é “um” teólogo da carne; “um” catequista pastoral e “um” psicólogo terapeuta. Este «como se não» ajuda a dizer tudo o que não poder ser dito, mas deve ser vivido para aquém do Céu. Paulo tem os dois pés na Terra secularizada, até ao limite, e amando o Mundo tudo faz para que a Carne nos salve (e não seja perdição); para que a Doutrina nos ajude a pôr dúvidas onde temos certezas (e não seja fundamentalista); para que manifestemos o Outro infinito, no lugar do nosso Eu pequeno (e não seja individualista). Demos graças a Deus por S. Paulo: como Teólogo; como Catequista e como Terapeuta. Não destruiu o Cristianismo: mostrou nele uma Pessoa: Jesus Cristo: inadiável missionário, para os tempos actuais.

Disposição 3. – Uma voz amiga diz-me, citando outra voz serena: “As coisas urgentes não podem roubar/tirar o Tempo das coisas importantes”. Ler a passagem de S.Marcos com esta chave de discernimento na vida de todos os dias; todas as ocasiões/situações; vezes sem fim. Como foram capazes os discípulos de seguir Jesus, por tão pouco? Porque tão pouco: era o seu Poder? O seu Querer? O seu Pensar? O seu Sentir? Iguais a nós nas nossas diferenças radicais? Do pouco que recebemos: multiplicar e dividir. Ele, Jesus o Nazareno, fará de nós homens/mulheres «pescadores». Os nossos pescadores ficam angustiados quando não há licença para irem ao Mar…, ganhar o Pão de cada dia…; ficam angustiados, quando o barco não aguenta a violência das Ondas; ficam angustiados…um pouco de Angústia, na COMPANHIA de Jesus: «Vinde comigo». -Se estiver Contigo Senhor pesco no deserto da vida sob o sol mais quente da “Luxúria”…; ou nos glaciares quebrando o gelo da “Indiferença”… onde está a TUA isca!?


II. Oração

"Deus, fonte de água viva,

transforma-nos em testemunhas de unidade

tanto através de nossas palavras como de nossas vidas.

Ajuda-nos a entender que não somos os donos do poço

e dá-nos a sabedoria para acolher a mesma graça uns nos outros.

Transforma nossos corações e nossas vidas

para que possamos ser verdadeiros portadores da Boa Nova.

E leva-nos sempre ao encontro com o outro,

como um encontro contigo.

Isso te pedimos em nome de teu Filho Jesus Cristo.

na unidade do Espírito Santo. Amém”.



FONTE: A oração retirada da “SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS” - «Jesus lhe disse: Dá-me de beber!

(João 4,7)” que se encontra: http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html, acesso: 25-01-2015.

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