segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

No próximo sábado, dia 9 de dezembro, a Comissão Justiça e Paz da diocese de Aveiro volta a promover, conjuntamente com a CIVITAS - Aveiro e a ORBIS, a comemoração do aniversário (69º) da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Acontecerá na Biblioteca Municipal de Aveiro, pelas 15:00 e terá como temática "Os Direitos que o fogo mata".

sábado, 10 de dezembro de 2016

No Dia dos Direitos Humanos, uma parceria entre três membros da Plataforma Aveiro de Direitos Humanos - Comissão Diocesana Justiça e Paz, ORBIS e CIVITAS - reflete sobre "os Direitos que a guerra mata"



terça-feira, 20 de setembro de 2016

JORNADA DE ORAÇÃO PELA PAZ - 20 de setembro de 2016

A Comissão Diocesana Justiça e Paz, de Aveiro, associa-se à Jornada Mundial de Oração pela Paz. Que os nossos pensamentos estejam com todos aqueles que sofrem com a guerra, a pobreza, a exclusão...
Por uma verdadeira Cultura de Paz!

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/dialogo-interreligioso-papa-vai-a-assis-para-encontro-pela-paz/  

terça-feira, 5 de julho de 2016

Foi, recentemente, nomeada pelo Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro a nova Comissão Diocesana de Justiça e Paz - Aveiro.
Agradecendo a tod@s os elementos da antiga Comissão Diocesana Justiça e Paz de Aveiro, recuperamos a dinâmica do blog da CDJP.

Como primeira ação pública da nova Comissão, em parceria com a ORBIS - Cooperação e Desenvolvimento, deixamos o convite para uma Tertúlia sobre os Refugiados, "A Coragem de Acolher"

No CUFC, Aveiro, quarta-feira, 13 de julho de 2016, às 21:15.

Somos todos bem-vindos!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

FELIZES SEREIS POR MINHA CAUSA

 

Georgino Rocha | Justiça e Paz -  Aveiro

Jesus dá esta garantia aos discípulos no início da apresentação do programa que vem realizar em nome de Deus e quePe Georgino Rocha resume em proporcionar a quem nele crer a felicidade plena, exuberante, definitiva. Mateus, o autor da narração, descreve a cena com termos de grande solenidade: depois de ver as multidões, sobe ao monte, senta-se rodeado por eles, começa a ensiná-los proclamando as bem-aventuranças. Mt 5, 1-12. Deixa emergir a figura de Moisés e o episódio do Horeb, das tábuas da Lei e da aliança que Deus realiza com o seu povo. E insinua, desde já, que Jesus é o novo Moisés que não vem revogar, mas elevar à perfeição o pacto outrora celebrado na montanha sagrada.

Ser feliz é a aspiração maior do coração humano. A tudo recorre para ver se o alcança. A história documenta abundantemente este facto que a experência pessoal e familiar confirma, armazenando momentos intensos de exuberância, situações prolongadas de satisfação e bem-estar, e comprovando que tudo é passageiro, deixando um vazio amargo que deseja preencher e superar constantemente.

"A autêntica felicidade torna-se presente na nossa vida quando saímos do nosso eu egoísta, nos descentramos e voltamos o nosso rosto, as nossas mãos e o nosso coração para o outro. No serviço, a entrega e a felicidade dos outros encontramos a generosa prenda que nos envolve como uma veste nova" (Tolstoi).

Jesus é muito claro na sua mensagem. Unir-se a Ele e professar a fé faz-nos ser peregrinos confiantes da felicidade prometida e está ao nosso alcance. Assumir a sua causa é antever, desde já, os sentimentos mais íntimos que brotam do seu agir, do seu estilo de vida, do seu coração liberto, da sua misericórdia que de todos se compadece, aproxima e ajuda.

Seguindo os seus passos, são felizes os que não têm o coração amarrado pelo dinheiro nem atado pelos bens; os que apreciam uma vida sóbria e saudável e repartem com generosidade; os que não se deixam aprisionar pelos desejos egoístas nem pelos apetites descontrolados.

Felizes os que sabem sofrer por amor e se preocupam com as dores alheias e as agruras da vida, com os gritos das vítimas inocentes e os gemidos das criaturas; se preocupam e tomam iniciativas para lhes dar consolo e despertar a consciência humana da indiferença malévola em que deixou cair o sofrimento anónimo. Felizes os que encontram em Ti, Senhor, a coragem e a fortaleza para descobrir o sentido positivo de tantos dramas humanos.

Felizes os que sabem perdoar e aceitam o perdão que lhes é dado, os que acolhem agradecidos o teu amor misericordioso, os que são amáveis e respeitadores, os que esquecem ofensas e amam os inimigos. Tal como tu fizeste, Senhor.

Felizes os têm um bom coração, limpo de preconceitos e maldades, capaz de ver o melhor que há nos outros, de ser justo nas apreciações e de não confundir a trave com o sisco de que fala o Evangelho ao tratar da relações fraternas; felizes os que são sinceros e verdadeiros, e vivem em vigilância atenta ao que nasce do coração: pode ser o melhor ou o pior.

Felizes os que trabalham pela paz, que semeiam o respeito e a concórdia, que previnem tensões e conflitos, antecipando-se ao que é previsível e desinflacionando emoções negativas ou amaciando temperamentos agressivos; felizes os que deixam a sua comodidade e conforto e se pôem a caminho para remover os obstáculos à paz e ajudar na reconciliação dos desavindos e dos adversários, ainda que tenham de sofrer a incompreensão e, mesmo, a perseguição e a morte.

Felizes os que mantém viva a tua causa que é a do Reino dos Céus e não se cansam de lançar as sementes no campo do mundo, sem quererem guardar no seu celeiro o trigo desta vida que termina, mas preferem vê-lo germinar em frutos da Vida que não acaba. Felizes os que acreditam no Céu.

A felicidade que Jesus nos garante brilha na imensa multidão das pessoas bondosas e santas que, hoje, celebramos. E não na “macacada dos halloween (etimologicamente véspera do dia de todos os santos e não noite de bruxas) nem das fantasias tenebrosas das almas do outro mundo que atormentam os mortais. São de todas as condições, raças e cores. Estão presentes em todas as épocas da história. Também na nossa, em que surge com novo fulgor na tragédia dos cristãos mártires. Também nas vítimas inocentes de leis iníquas, à semelhança do que aconteceu contigo, Senhor, que foste eliminado por cruéis algozes e glorificado por Deus Pai. Felizes sereis por minha causa!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

sobre alguns reflexos d´alma

 

Pedro José L. Correia  |  Justiça e Paz – Aveiro

“Não ver. Não ver o que se quer. Não querer o que se vê.

Coisas tão diferentes, que compõem os nossos dramas”.

OMP, in “Missão: o que o amor não pode calar” - Guião Missionário 2015/2016, p.36.

 

Pedro José L. Correia - Aveiro

[1]Não ver” – O Não-Ver da existência é “negatividade” pura; e ela não rima com “felicidade”. Eis nossa ilusão impura do “se calhar”. Se calhar para nosso bem o não ver é um ver melhor. Ver claro é um deixar de ver escurecido. Porque é Noite. E um ver indiferente é fechar-se nos olhos da opulência cínica ou do consumo desmedido. Não ver que me irrito facilmente. Não ver o sorriso genuíno. Não ver lágrima ferida. Não ver que estou cansado de dizer sim-sem-pensar. Não ver que o «carácter» não tem pátria, nem religião, e muito menos, salário base. Cumprir-se enquanto Pessoa é o mínimo que podemos aspirar. Cultivar o olhar interior. O Desejo purificado. Curar a cegueira da visibilidade, isto é, ver com o Coração apenas e sempre. Como Deus nos vê.

[2]Não ver o que se quer” – O “falso positivo” é aquilo que não está inscrito no número do telemóvel no click do polegar indeciso. Para ver muito, até mais que o necessário: ligam-se os máximos; os holofotes dos jornais; impõe-se interesses e caprichos; no fundo, o paradoxo do mentiroso verdadeiro. Para ver do lado da humanidade: diante do sol, somos a sombra; diante da luz artificial, apenas acendemos uma vela. Isso mesmo: para controlar a conta mensal da luz elétrica; basta a Coragem de participar numa Procissão de Velas. Uma pequena Procissão de Esperança nocturna. Ver com a inteligência da vida, no sentido próprio da palavra, e deixaremos de ser impróprios para os relacionamentos quotidianos. Ter o Sangue purificado Nele. Curar a cegueira da possibilidade, isto é, a preocupante e preocupada doença das "selfies".

[3]Não querer o que se vê” – Ninguém gostaria de ter a sua roupa interior exposta na praça pública. Fazemos isso e muito mais, por «coisíssima nenhuma». Dá cá aquela palha e já está arrumado o caso. Onde reside o «sacramento da iluminação»? Pelo batismo sou um iluminado que se converte passo a passo. Só autenticidade, mesmo no limite da nossa não-aderência à Verdade. Isto é complexo: do erro-a-erro para chegar ao graça-a-graça. Olhar o Futuro mais-que-imperfeito dos nossos lusos verbos irregulares. Uma nova gramática evangélica. Aqui somos invadidos: pelo “more is more” que passa a traduzir-se por “less is more”. Descobrimos que não sabemos falar línguas estrangeiras e que isso não contribui para a Salvação dos néscios?! Conversão de purificação. Curar a cegueira da impossibilidade, isto é, da invisibilidade.