terça-feira, 2 de julho de 2013

Swap (trocar) de ministros


Estamos perplexos pela inculturação portuguesa deste inglesismo! Três meses foi o tempo necessário para conhecer, adotar, aplicar nas mais altas instâncias da nação: o Primeiro Ministro “swapou” o Ministro das Finanças!
É caso para dizer que o desgaste de tudo e dos contratos “swap” consumiu o governo, provocou a erosão.
Foi um preço demasiado elevado para todos nós! E, muito provavelmente, ainda não está tudo descoberto.
Progredindo em espanto tomámos conhecimento da dimensão desta tática do jogo do dinheiro – mais uma estratégia que se revelou perniciosa!
Posteriormente foram surgindo novas “swaps” (trocas) de acusações – afinal quem fala verdade sobre o assunto?!
E, em plena crise de “swap”, até o Ministério das Finanças vai com “a água do banho”! Triste cenário este!
O Económico online publicou um pequeno artigo elucidativo. Partilhamo-lo.
“Parece um conceito complicado, mas na verdade é muito mais simples do que pensa. Saiba o que é um contrato de 'swap'.
É talvez uma das expressões mais usada por estes dias e que envolve milhões. Muitos milhões de euros.
Mas afinal o que são estes instrumentos complicados chamados 'swap'?. Na verdade são simples.
Imagine que pediu um empréstimo ao banco para comprar uma casa. Ou seja, contraiu um crédito à habitação. Esse empréstimo, na maior parte das vezes, é acordado tendo por base uma taxa de juro variável. E que sobe ou desce consoante a variação da Euribor.
Agora imagine que acredita que os juros vão subir muito nos próximos anos. O melhor, seria fixar essa taxa, travar essa subida. É exatamente isso que um contracto de 'swap' permitiria que fosse usado num crédito à habitação.
Como a própria palavra indica, 'swap' é uma troca. Neste caso uma taxa de juro variável por uma fixa.
O pior é se ao contrário do que pensava as taxas de juro em vez de subirem, descerem. Então nesse caso fica a pagar o valor fixo.
Imagine 5%, quando no mercado o preço do dinheiro já só custa 2%. Foi exatamente isso que aconteceu no caso de algumas empresas públicas. Acordaram contratos numa altura em que as taxas de juro estavam a subir, pensando que iriam subir ainda mais e tentaram trancar essa valorização.
Mas a realidade nem sempre é o que nós pensamos que vai ser. E neste caso não foi. As taxas de juro desceram e agora as perdas potenciais podem chegar aos 3 mil milhões de euros.
No fundo é como no casino. Apostamos no vermelho mas às vezes sai o preto. Há sempre alguém que ganha.”
Com tudo isto, mais uma despesa social (também na credibilidade!) para liquidar…
(in Correio do Vouga, 2013.07.03)

















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