segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

VENCER A TENTAÇÃO DA INDIFERENÇA

 

Georgino Rocha  |  Justiça e Paz – Aveiro

 

Após o baptismo, Jesus dirige-se imediatamente ao deserto. Mc 1, 12-15. Os Evangelhos mostram-nos o contraste aqui ocorrido: Ele, que havia sido proclamado Filho de Deus é tentado na sua condição divina para que mostre “o que vale e o que pode”. As obras seriam as suas credenciais por excelência. O prestígio do poder, a ganância fácil da economia, o pronto socorro da religião são-lhe propostos como caminhos de realização da sua missão. A tentação sedutora tem como fundamento as apetências humanas e como motivação próxima a prova de Jesus ser o Filho de Deus. Por isso continua tão actual e a dominar muitos corações.

Jesus vence em toda da linha. Escolhe outro caminho. Em vez do poder prefere o serviço obediente; da economia fácil e açambarcadora a partilha fraterna de bens; da religião “a la carte” a aceitação da palavra de Deus como guia seguro e libertador. 

O deserto e a tentação surgem como metáforas da realidade humana. Hoje, revestem as formas da nossa situação histórica e social, da nossa cultura fragmentada e subjectivista, da nossa economia precária e subjugada, da nossa religião predominantemente pendente do gosto do “cliente” e das tradições.

O deserto instalou-se no coração humano e da sociedade: As relações sociais quase se desvitalizam, o isolamento solitário aumenta, qual sombra negra a coar a luz intermitente que ainda resta, o individualismo egoísta e insolidário cresce como “feras indomadas”, o assédio aos indefesos e humilhados instala-se, e prepara-se o assalto final para a victória do “bezerro de ouro” – o ídolo do tempo de Moisés - sobre a pessoa e a sua dignidade reconfigurada em Jesus Cristo, o vencedor absoluto da dizimadora tentação. A indiferença ética generaliza-se.


A este propósito afirma o Papa Francisco: “Deus nada nos pede, que antes não no-lo  tenha dado: « Nós amamos, porque Ele nos amou  primeiro »  (1 Jo4,19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós,  conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa  procura, quando O deixamos”.

E a mensagem quaresmal intitulada « Fortalecei os vossos corações» (Tg5,8) prossegue: “Interessa-Se por cada  um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. (…) 

Quando o povo de Deus se converte ao seu  amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. (…) A  Deus  não  Lhe  é  indiferente  o  mundo,  mas  ama-o  até  ao  ponto  de  entregar  o  seu  Filho  pela  salvação de todo o homem”.


O deserto é também espaço de vitória. Tantos homens bons e justos fazem da sua travessia um percurso solidário, um tempo de atenção ao outro, de partilha de bens, de alento na esperança de chegar ao oásis desejado, de advertência contra as falsas miragens, de resistência paciente face à pressa ingénua de enveredar por atalhos, de alimentar “o sonho que comanda a vida”.

Jesus vence a tentação e rasga horizontes ao nosso peregrinar. Estamos em trânsito. A meta já se vislumbra. Ele já a viveu na sua Páscoa. Para lá caminhamos seguindo os seus passos. A isto nos convida o tempo quaresmal que a Igreja nos propõe e o Papa Francisco tão vigorosamente nos apresenta.

«O tocar movido de compaixão»

 

Pedro José Correia  |  Justiça e Paz – Aveiro

 


I. Reflexão


Disposição 1. – No tempo de Jesus, a lepra era equivalente à morte. Para um judeu a cura de um leproso era muito mais que um facto extraordinário: era um «sinal» de que o reino de Deus esperado já tinha chegado. Quando não conseguimos ver «estes» sinais (ordinários ou não): banalizamos, ficamos inertes, distanciados ou confundidos, quer na relação interpessoal ou institucional. “Manda quem paga!” Eis o extremo da perversidade. Não podemos sentenciar ninguém a morrer rápida, lenta ou anonimamente. O «sinal» de compaixão dentro do coração amassado na vida é o primeiro sintoma vital da nossa cura.

Disposição 2. – Uma face. O leproso que existe dentro de nós!? Estar totalmente desprotegido, abandonado nos afectos, sem podermos tocar ou ser tocados. Imaginar o abismo mental, afectivo e social. E do «Nada» em que ficarmos reduzidos: dentro desse desespero radical, em não reconhecer/ser reconhecido «no-querer-de-Deus». A outra face. O leproso que comove o coração do próprio Deus. Só a Compaixão desloca-nos para o centro da Dignidade humana. “Só a compaixão ilumina a realidade da necessidade do outro. Só a compaixão move na direcção da oferta que cura” (Walmor Oliveira, Na Escola do Salvador, p.265). Na gramática de Deus poder é servir. Compaixão é curar a impassibilidade.

Disposição 3. – Ao ajoelhar o espaço não diminui; pois poderemos olhar para a fonte da Luz. Está-se diante de uma força maior. Digo em voz alta: -Se queres tens o poder de limpar, isto é, curar a minha consciência profunda: não sou uma coisa!? Aí onde o outro que está dominado, manipulado, subjugado, não tem vez, nem voz. Não tem poder-de-si. Se abrirmos a janela do nosso quarto egoísta; não são as trevas que saem, é a Luz que pode entrar de novo. O leproso intemporal, por não ser tocado, habitava um não-espaço; dentro de nós Jesus dá lugar à consciência do espaço-novo, para todos. Espaço é inclusão.

Disposição 4. – O tocar de Jesus: Ele vai tocar o intocável. Estende a mão àqueles que é interdito tocar. Prefere incorrer no perigo da contaminação. “Cura-os saberem-se tocados, e tocados no sentido de encontrados, assumidos, aceites, reconhecidos, resgatados, abraçados. Quando toda a distância se vence, o toque de Jesus reconstrói a nossa humanidade” (José Tolentino Mendonça, A Mística do Instante, pp.61-62). Transgressão humana que ajoelha e grita. Transgressão divina que aproxima e toca. Dois movimentos fora de órbita que convergem.

Disposição 5. – Em lugar da morte, a vida; em lugar das cedências e dos cuidados relaxados, as urgências e os cuidados intensivos; em lugar da manipulação interesseira, a oferta purificada; em lugar do preço e da conta bancária, a consciência e a educação gerada pelo trabalho meritório; em lugar do interesse, da intriga, da articulação da manha, própria ou alheia; a generosidade abnegada, a disponibilidade gerida com inteligência. Onde estarão as curas ao alcance de um palmo de mão solidária?

II. Oração

A Tua Palavra quer tocar o meu coração;

Será a que colocarei aqui neste espaço abandonado.

Quero ter a certeza… não sou capaz de mim mesmo.

De que alguém tocará em mim também…

Desejo ardentemente.

Diante das nossas lepras corporais e morais:

aquilo que sou não esconde mas grita!

Aprender a pedir: «Senhor, se quiseres, podes curar-me»

Não tenha medo de ajoelhar!

Não obrigue ninguém a ajoelhar-se: sem o querer!

Na Tua Presença a minha cura começa agora!

Amém!


FONTE: Cfr. AZEVEDO, Dom Walmor Oliveira, in Na Escola do Salvador, Editora PUC Minas, Belo Horizonte, 2009, pp.262-265.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

QUERO, FICA LIMPO

 

Georgino Rocha  |  Justiça e Paz

Jesus curou-me. Jesus limpou a minha lepra. Jesus tocou o meu corpo impuro. Jesus deu-me saúde. E de outros modos, ia lançando o brado da feliz notícia o homem recuperado na sua dignidade. Mc 1, 40-45. A experiência feita enche-o de entusiasmo e de júbilo, de alegria incontida e de coragem ousada. Aconteceu nas ruas de Cafarnaúm, próximo do Mar da Galileia. O encontro pessoal com Jesus, o pedido ardente que lhe faz e a prontidão generosa com que é atendido abrem-lhe novos horizontes e provocam-lhe atitudes de vida contrastantes com as ordens recebidas.


Que encanto observar a sua reacção exuberante, o seu destemor face a tudo, a sua incursão nos lugares donde havia sido expulso pela maldição legal da doença. Que sabedoria a aprender com a sua prontidão, “logo que partiu começou a anunciar o que acontecera”, com a sua ligeireza de movimentos, com a sua eficácia de comunicação. “Jesus ficava fora porque já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade”. Embora estas afirmações tenham um alcance mais vasto, revelam bem a exuberância festiva da experiência feita e a alegria contagiante do anúncio espontâneo feito em público.


“Quero: fica limpo” responde Jesus, após o ter tocado, cheio de compaixão. E ficou! Esta maravilha manifesta, de forma simbólica, a missão sanadora de Jesus em relação a todas as feridas da humanidade, sobretudo aquelas que são impostas pelo descontrole da natureza e por sistemas legais, civis ou religiosos, injustos e discriminatórios. Em linguagem cristã, esta “desordem” chama-se pecado organizado e estrutural, embora tenha sempre uma raiz pessoal.


A atitude de Jesus é prosseguida, de modo exemplar, por aqueles que,  a tempo inteiro, dedicam a vida toda aos cuidados dos “intocáveis”, dos “descartáveis”, dos “sobrantes” numa sociedade de abastança e indiferença. Sirva de agradecida evocação destes generosos anónimos: São Francisco de Assis, Raúl Follereau, médico francês, totalmente dedicado a causa dos leprosos, bem como São Pedro Damião – o apóstolo de Molokai, a ilha maldita - e São Camilo de Lelis com a sua paixão solícita pelos atingidos pelas pestes em Nápoles e Milão.


“Só por amor me encontro aqui” – declara uma irmã da Ordem Hospitaleira de São João de Deus. Optei e sinto uma alegria espiritual imensa. Reconheço que, em mim, Jesus quer fazer-se presente neste hospital e mostrar um pouquinho – a minha medida – da sua paixão pelo bem estar da humanidade.

“Amor e alegria”, bela mensagem para todos, sobretudo os foliões do Carnaval e os namorados de São Valentim. “Amor e alegria”, forças dinâmicas impulsionadoras de uma Igreja em missão e de uma sociedade em reorganização, digna da nossa comum humanidade.

Fazedores de Opinião: as contra-indicações sem medicamentos.

 

Pe José Lopes Correia  |  Justiça e Paz – Aveiro


[1.] Para os serviçais/servitas – A crise do compromisso comunitário. O tecido social está doente, dum modo grave quase irreversível. É necessário agir. Agir não apenas pragmaticamente mas programaticamente. Todas as nossas energias devem concentrar-se na irradicação deste mal que despersonaliza. O serviço é humanização plena. Enquanto “isto” acontece a palavra de Deus pede:“Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a” (Mc 1,31).


[2.] Para os imprudentes – Estamos cá mas estamos sozinhos. Seja realista não preencha fichas e questionários de avaliação: eles são quase inúteis. Tudo será decidido sem o seu contributo. Não é por isso que deixamos de participar. Sabendo que a participação não é democracia directa. No “agora” o conceito estratégico é a «governação» (inspiração americana para além da linguagem). Enquanto “isto” acontece a palavra de Deus pede: “Ai de mim se não anunciar o Evangelho” (1Cor 9,16).


[3.] Para os receptores – Há dificuldade em receber e assumir. Não acompanhar apenas mediaticamente. Está lá e foi tratado possibilitando o conhecer e o amar, mas não o viver: como é possível? A Realidade aumenta o número das possibilidades. A recepção remota e próxima. Demora e demora. Paciência e Ser. Enquanto “isto” acontece a palavra de Deus pede: “Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível” (1Cor 9,19).


[4.] Para os indiferentes – Tão difícil estar preparado para a Fidelidade que o Evangelho nos pede. As coisas não podem ser improvisadas ao modo de quem não as assume, isto é, não se deixa ler na Verdade das mesmas. Sempre a avaliação no fio do desperdício, do embelezamento descartável e, demasiadas vezes, no imerecido julgamento dos outros (sempre eles…) que não me conhecem, a mim, a virtude santificadora. Dos que conhecem a Realidade – pensam conhecer inúmeras vezes bem demais – e não se comprometem com ela. Deparamos com a tarefa indolor de não os compreender, na mesma moeda de troca. “A pescada já o era, antes de o ser”: gloriosa razão cínica!? Formações permanentes que adiam e não encaram «o-nome-das-coisas», tal como elas se dão a conhecer nas Causas. Não queremos combater as Causas. Apenas inconscientes paliativos para as Consequências visíveis. Debaixo do tapete depositamos a pérola e o remédio.“Santos da casa não fazem milagres. E sabemos que noiva feia e defunto mau: nunca existirão nesta terra. Avançamos, não partilhando pelo que a insolvência pela displicente gestão será um ato sem direito a contraditório. Não é preciso: já lá estamos no jazigo apropriado: «Não te conheço… perdição indiferente». Não há Céu low cost. Não ao «tanto faz, tanto fez». Não há Graça indiferente: isso não existe. Enquanto “isto” acontece a palavra de Deus pede: “Os meus dias passam mais velozes que uma lançadeira de tear e desvanecem-se sem esperança” (Job 7,6).


[5.] Para os alegres – Do mistério pascal não são ausentes. Cristãos queDiogneto sabia intemporais. Não fazem hoje mas não é por falta de tempo: falta-lhes mãos de ternura; olhar de compreensão; inteligência sagaz e ética resiliente. Tudo cozinhado sem Medo. A lucidez da alegria serena. Eis o caminho dos audazes alegres. Enquanto “isto” acontece a palavra de Deus pede: “Todos Te procuram” (Mc 1,37).


[6.] Para os hesitantes (e pólo oposto) – Vou ou não vou. Sou ou não sou. A “nova gnose” que é a reciclagem de «mitologias» ancestrais. A “ideologia do género” que se impõe fruto da cultura moderna. Esquizofrenia existencial. “O Joãozinho dá a mão ao Joãozinho”: sem preconceito!? “Não vender gato por lebre”. Enquanto “isto” acontece a palavra de Deus pede: “Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era” (Mc 1,34).


[7.] Para os fazedores – A reconversão é duma simplicidade evangélica. Os verdadeiros formadores de opinião: são, primeiro, fazedores de opinião; segundo, fazedores de testemunho. Naquela interpelação que é propagada até à exaustão: «coração a coração». O mesmo queremos implicar: vida a vida; problema a problema; projecto a projecto. Tudo sem transferência, tudo com encarnação. Enquanto “isto” acontece a palavra de Deus pede: “De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar” (Mc 1,35).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

JESUS E O ENIGMA DO MAL

 

Georgino Rocha  |  Justiça e Paz – Aveiro

O enigma do mal ”colou-se” à natureza humana e, tal como o joio da parábola, progride sem se saber bem como. Se é difícil a sua explicação, não o é a verificação dos seus efeitos perniciosos. As pessoas atingidas pelos tormentos que provoca sofrem horrivelmente.

Job é o rosto humano de tal situação. As expressões que usa são bem elucidativas: vida dura e cruel, sofrimento atroz, noites intermináveis de amargura, dias breves de esperança, amanhecer sem aurora, angústia e morte. O drama de Job actualiza-se, hoje, nas vítimas da economia sem rosto, da política sem escrúpulos, da medicina sem ética, da educação sem humanidade, dos meios de comunicação sem regras respeitadoras da dignidade humana.

Jesus anda por terras de Cafarnaúm. Vive uma jornada intensa de trabalho. Sai da sinagoga e vai a casa de Simão. Encontra, com febre, a sogra deste. Estende-lhe a mão e fica curada. Depois, ao cair da noite, depara-se com muitas pessoas atormentadas por diversos males. Cura umas e liberta outras. Mc 1, 29-39.

As pessoas atormentadas merecem-lhe toda a atenção solidária: acolhe, aproxima-se, toma pela mão, levanta de pé, aceita serviços, dialoga, integra na sociedade, abre-lhes horizontes de liberdade, deixando-os avançar nos caminhos da vida. Realiza as curas também ao sábado, embora fosse proibido, mas a pessoa vale mais que esta instituição religiosa. A atenção de Jesus é fruto do seu amor incondicional que quer vida para todos, que supera toda a descriminação, que pretende saciar o mais íntimo do ser humano, que reconfigura a nossa imagem divina e nos faz filhos de Deus.

Jesus cura e salva. Também hoje. Agora, por meio de nós, seus discípulos. “Ai de mim se não evangelizar” – diz Paulo. Somos convidados a sair das nossas seguranças e a pormo-nos a caminho. Outros aguardam a nossa ajuda solícita. Não os façamos esperar mais.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

«Quanto Pode a Palavra: a Vida Como Profecia»

 

Pedro José Correia  |  Justiça e Paz – Aveiro

I. Reflexão

            Disposição 1. – Moisés fala-nos no dever da escuta da Palavra (Dabar) - no longe da história universal, onde temos nossas raízes – tempo de Profetas. Deus inspira a delegação da profecia, através da autoridade de Moisés (não tinha apenas o poder de). Delegar é uma arte e uma estratégia. Mas a Profecia do Deus da Vida: faz-se o profeta que serve! Na Profecia feita, contrariamente, ao Deus da Vida: tal profeta morrerá (pois serviu-se, apenas, a si mesmo). As profecias da esperança: precisam-se. Os profetas da escuta: recomendam-se.

          Disposição 2. – S. Paulo não nos quer preocupados. Preocupar é ocupar pre. É ocupar-me antes de ocupar; o que é uma falta de discernimento; uma aselhice. Se me ocupo antes de me ocupar, quando for realmente ocupar-me, estarei duas vezes ocupado. Por isso, temos de separar e investir no “que mais convém”; aí evitamos neuroses, nervosismos, depressões, esgotamentos, feridas. Unidos interiormente em Deus, os desvios da vida não serão a perdição.

            Disposição 3. – Jesus que entra na sinagoga. Vai lá, não é sinagoga que vai a Ele. Temos que sair de onde estamos e dirigimo-nos a outro lugar. Deixar de ser o centro. O Jesus que ensina doutrina não com Poder, mas com Autoridade. Avançamos, caminhamos, crescemos. Eis o segredo da cura e da libertação pela Palavra de Jesus, sendo a Palavra-Ele-Mesmo (Logos). “Sim, não nos é permitido adormecer ou entorpecer, de modo a ficarmos inactivos, infecundos, insensíveis, tipo «tanto faz!»” (António Couto).

       Disposição 4. – Estarão os profetas em saldo? No ordinário da vida pública, mediática e global, tal como os cogumelos (!?) há profetas benignos e malignos. Sem doutrina e sem novidade, porque sem autoridade. Há sabedoria que é veneno. E veneno que se torna sabedoria. Infelizmente, só posso “apontar” do pouco que ainda li e recordo. Três exemplos, entre muitos. Um profeta, o padre: Pedro Arrupe, S.J. (1907-1991); uma profetiza, a irmã: Madre Teresa (1910-1997); e um leigo, o pensador e mestre: Jean Guitton (1901-1999).


II. Oração



"Nós te damos Graças, Jesus,

Pois tu nos chamas para estarmos contigo,

na alegria missionária e na intimidade itinerante.

Contigo despertamos a cada dia,

pedindo que abras nossos lábios para proclamar teu louvor.

Por ti dedicamos o trabalho cotidiano,

desde fazer o simples café da manhã

até as importantes tarefas a realizar.

Mantém nosso coração alegre e vibrante.

Queremos sair na frente, aprimeirar.

Dá-nos ousadia, desprendimento e coragem.

Para nos envolvermos com as pessoas e os processos,

Acompanhar, frutificar e festejar.

Com a alegria da tua presença

A leveza da tua companhia

A força redentora da tua morte

A energia renovadora da tua ressurreição

Seguiremos o caminho luminoso do Reino.

Amém!”.

FONTE: A oração retirada: http://www.afonsomurad.blogspot.pt/, acesso: 01-02-2015.