sábado, 26 de janeiro de 2013

Como «o querer é já praticar» (cfr. Santo Agostinho, Livro Oitavo, Cap. 8, p.233)

 

Pedro José  |  Justiça e Paz – Aveiro
Há dias em que vivemos um excesso de Graça, tal a proximidade com O Transcendente. Isto de uma maneira extremamente simples. Bastam duas coisas: a hospitalidade transparente - memoria de um passado em comum; e uma causa futura - em que devemos acreditar juntos.
Os rostos mudam e as portas fechadas abrem-se, não importam os resultados meramente materiais. Dias em que não se cresce assim. Decrescemos perigosamente, sem atenção. Não há lugar ao neutro, nem ao meio termo.
Em tudo na Vida, quando se para de avançar, já se está a andar para trás. Sei que não consigo tudo reter. Talvez o coração tenho a capacidade de trabalhar e guardar o principal. A partilha, a amizade e a entrega generosa. Dar de si mesmo. Acreditar infinitamente nas potencialidades dos Outros. O bem comum não se esconde, não se vende, constrói-se.
A Igreja, física e humana, soma os dons individuais e realiza milagres de serviço ao próximo. Vale a pena ser teimoso e tentar "o" fazer. O querer e o praticar são aliados. Vontade e obras. Vencer e convencer. Missão porque houve encarnação. Servir sem rodeios. A obra não pertence ao homem, colaboramos com criatividade e liberdade. Sinto que trabalho pouco. Recebo muito mais do que sou capaz de dar. Que a graça não me seja inútil.
Newark,25 Janeiro 2013, conversão paulina aos irmãos.

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